Sim, eu sei que sou culpada. De ter aguentado um programa inteiro e de, acima de tudo, ter admitido a possibilidade de isto ser real. Posso repensar a minha posição e chegar à conclusão que esta pessoa é demasiado má para ser real e que tudo não passa de uma trapaça para ganhar audiências, fidelizar um público que está sedento de traições. Só que sei, porque já o senti, que gente desta existe. Gente que está determinada a singrar pelo caminho mais fácil, gente que pensa, acima de tudo, em si, gente que não conhece limites.
Pensar que existe um público habitual para este tipo de lixo magoa-me. Porque as pessoas querem assistir ao sofrimento, porque as direcções de programas não se responsabilizam pelo esterco que passam no horário nobre, porque há gente que se sujeita a isto. Dói muito quando se vê gente desta a inaugurar uma nova espécie de celebração: a da mentira que passa por honestidade. Tenho saudades do tempo em que a televisão se limitava a dois canais. Ninguém precisa de saber o que custa resgatar a confiança, refazer o amor.
Pensar que existe um público habitual para este tipo de lixo magoa-me. Porque as pessoas querem assistir ao sofrimento, porque as direcções de programas não se responsabilizam pelo esterco que passam no horário nobre, porque há gente que se sujeita a isto. Dói muito quando se vê gente desta a inaugurar uma nova espécie de celebração: a da mentira que passa por honestidade. Tenho saudades do tempo em que a televisão se limitava a dois canais. Ninguém precisa de saber o que custa resgatar a confiança, refazer o amor.
5 comentários:
belíssima a escolha da teresa guilherme na frase de despedida do programa "é com saber que a verdade compensa". é pena é que as pessoas tenham de ser compensadas para dizerem a verdade.
:-) a parte que mais gostei foi a do "já teve relações com mais de 15 (!) mulheres desde que casou?"... INACREDITÁVEL!!
A.S.
Pode ser uma estratégia maliciosa, mas sim, hoje em dia existe audiência para este género de programas e é isso que as pessoas querem! Basta ver as audiências da MTV com aqueles programinhas da treta, que nota-se bem que é tudo teatro, mas as pessoas gostam! É tudo entretenimento!
Quanto ao gajo de ontem meteu-me muito mas mesmo muito nojo!
Se fosse comigo estava lixado, trai uma vez não trai mais nenhuma!
Bem, inté*
Concordo plenamente contigo, não tanto nas saudades do tempo de dois canais apenas, mas naquilo que te leva a essa saudade. Assustou-me verdadeiramente todo o jogo/teatro das pausas dramáticas pré-resposta, quando era assumido que o concorrente já tinha respondido a tudo aquilo antes, quando efectivamente fez o teste do polígrafo. Assustou-me o seu ar de pecador confesso e arrependido quando respondia a uma pergunta que mais uma vez confirmava a sua bestialidade quase desumana. Assustou-me, muito mais que os dois pontos anteriores, a felicidade e aplauso de todos (amigo, irmão, namorada e público) de cada vez que se garantia que a resposta tinha sido verdadeira e, por isso mesmo, mais um degrau estava alcançado no caminho do dinheiro! A facilidade com que se esquece o conteúdo daquilo que está a acontecer!! ... (e concordando com o A.S., não sei se foi pior a pergunta - porque pressupõe que seja uma hipótese - se foi pior o facto de amigo e namorada automaticamente utilizarem o seu direito a não ouvir a resposta!)
A sic esta em altas. HErman jose, gato fedorento e isto.
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