Se os electrocardiogramas (adiantes também designados como ECG) fossem suficientemente completos e detalhados, esta não seria a imagem do meu. Estas são linhas perfeitinhas, as batidas apenas afectadas pelo ligeiro rubor que sentia enquanto despia a camisola, os olhos abertos intencionalmente para evitar descontrolar o ritmo certinho do peito. Se os ECG conseguissem registar os desgostos naquela tira de papel milimétrico, se as ventosas pudessem destapar uma ponta do caos em que encontra o lado esquerdo do meu peito, o gráfico seria bem menos harmonioso e os resultados mais verdadeiros. Enquanto a tecnologia não avança, guardo as irregularidades debaixo da pele.
* saudável, no primeiro dia de consultas desta semana.
1 comentário:
lindo texto...
:)
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